quarta-feira, junho 23, 2004

Moore não consegue alterar
classificação de "Fahrenheit 9/11"




O realizador Michael Moore fracassou na sua tentativa de conseguir que o seu documentário "Fahrenheit 9/11" fosse classificado como apto para maiores de 13 anos, segundo informou a revista Daily Variety.
A MPAA - Motion Pictures Association of America (associação da indústria cinematográfica norte-americana) recusou o pedido de Moore e das distribuidoras Lions Gate e IFC, e manteve a sua decisão de classificar a película como não apta para menores de 17 anos, a menos que assistam acompanhados dos seus pais, assinala a DPA.
A MPAA justificou a classificação, entre outras coisas, dizendo que há imagens muito violentas, como as de soldados norte-americanos mortos e as de torturas a prisioneiros iraquianos por parte de norte-americanos.
Moore apelou aos adolescentes a passar por cima o limite de idade e a ver a película de qualquer forma.
Jonathan Shering, presidente da IFC, criticou duramente a decisão da MPAA. «É um escândalo que "Fahrenheit 9/11" não seja acessível para um sector da população norte-americana para o qual a película é muito importante».
Moore argumentou há uns dias que é possível que norte-americanos de 15 e 16 anos sejam recrutados para intervenções militares como a do Iraque. «Se são suficientemente crescidos para serem recrutados e arriscar a sua vida, então também têm o direito a ver o que acontece no Iraque», disse.
"Fahrenheit 9/11", que se centra no papel do presidente George W. Bush, antes e depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, estreia já na próxima sexta-feira, 25 de Junho, em mais de 800 cinemas dos EUA, um verdadeiro recorde para um documentário.
O filme do aplaudido realizador de "Bowling for Columbine" ganhou a Palma de Ouro no passado Festival Internacional de Cinema de Cannes.
(lmartinique)

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