quarta-feira, julho 14, 2004

Hoje nasceu!


Ingmar Bergman

Ingmar Bergman, dramaturgo, encenador e produtor de teatro, argumentista e realizador de cinema, rádio e televisão sueco. Ernst Ingmar Bergman nasceu a 14 de Julho de 1918, em Uppsala, na Suécia. Foi o segundo filho do pastor protestante puritano Erik Bergman e de Karin Åkerblom. Fez estudos de literatura e história da arte na Universidade de Estocolmo antes de começar a trabalhar como ajudante de produção na Ópera Real. Em 1943, pela montagem da sua obra "Kaspers död" (1942), a produtora Svensk Filmindustri (SF) contratou-o para o departamento de guiões. Entre 1944 e 1952 desempenhou o cargo de director artístico do Teatro Municipal de Helsingborg, ao mesmo tempo que dirigiu a sua primeira película para a SF, "Crisis / Kris" (1946) e uma série de adaptações para o produtor Lorens Malmstedt. Com "Prison / Fängelse" (1949), inicia-se o seu reconhecimento internacional que será aumentado com "Summer Interlude / Sommarlek" (1950) e "Summer with Monika / Sommaren med Monika" (1952). Conseguiu exorcizar os seus fantasmas mediante a sublimação artística. Nas suas comédias, que incluem "A Lesson in Love / En Lektion i Kärlek" (1954), "Smiles of a Summer Night / Sommarnattens leende" (1955) ou "The Devil's Eye / Djävulens Öga" (1960), dá um tratamento lírico ao seu conteúdo sexual explícito. Entre as suas obras dramáticas destacam-se "O Sétimo Selo / Det sjunde inseglet" (1956), uma alegoria da relação da humanidade com Deus e a Morte, cuja acção se desenrola na Idade Média, e considerado pela crítica como um feito na História do Cinema, tanto nacional como internacional. Dirige "Morangos Silvestres / Smultronstället" (1957), onde emprega narrações sobrepostas e se consolidaria após as duas trilogias que dirigiu na década de 60. Muito em especial, "A Máscara / Persona" (1966), com os seus primeiros planos e um uso evocador do som e da música. Nos anos 70, dirige filmes como "Lágrimas e Suspiros / Viskningar och rop" (1972), "A Flauta Mágica / Trollflöjten" (1974), "O Ovo da Serpente / The Serpent's Egg" (1977), ou "Sonata de Outono / Höstsonaten" (1978); trabalhos para a televisão como "Scenes from a Marriage / Scener ur ett äktenskap" (1973), ou "Face to Face / Ansikte mot ansikte" (1975), e teatro ("Misantropen", em 1973). Na década de 80 dedica-se exclusivamente ao teatro, mas ainda realiza "Fanny e Alexandre / Fanny och Alexander" (1982). Publicou as suas memórias em dois livros, "The Magic Lantern" (1988) e "Images: My Life in Film" (1990), e escreveu os argumentos de "As Melhores Intenções / The Best Intentions / Den Goda Viljan" (de Bille August, 1993) e "Söndagsbarn / Sunday's Children" (realizado pelo seu filho Daniel, 1994), ambos em 1992. Foi distinguido com o Urso de Ouro do Festival de Berlim em 1958, o Oscar de melhor Filme Estrangeiro (em 1961, 1962 e 1983, respectivamente) por "The Virgin Spring / Jungfrukällan" (1959), "Through a Glass Darkly / Såsom i en spegel" (1961) e "Fanny e Alexandre" (1982), a Placa de Ouro da Academia Sueca em 1958, o prémio holandês Erasmus em 1965, e em 1975 o doutoramento honorífico em filosofia da Universidade de Estocolmo.
A obra do cineasta sueco é vasta e inconfundível, marcada por um questionar pertinente das emoções e relações humanas.
Aos 86 anos de vida, e após seis casamentos e oito filhos, o realizador encontra-se retirado na pequena ilha de Faro, no Mar Báltico. Ali, ele ainda vê películas diariamente no seu cinema caseiro, escreve livros e recebe visitas de familiares.

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